quinta-feira, 3 de junho de 2010

Amado ♥

Não me diga aquilo que não quero ouvir. Sei das certezas que meu coração exala e não necessito de confirmações exteriores. Somente eu sei o bem que ele me faz. Somente ele sabe o nome que tenho. A Lua apresenta-se cada vez mais forte sob os nossos céus e, noite a fora está os nossos olhos a observar o Sol que desvergonhas sem pudores e em maestria. Não quero que diga o que tenho que fazer. O amor move a minha vida; só nele me basto e me dou. E estou amando! Amando como o casal de pardal que enfeita o topo daquela árvore. Amando como os casais apaixonados que não conseguem desligar o telefone sem uma despedida de trinta minutos, depois de uma longa conversa de quatro horas cronometradas. Amando como quem não quer perdê-lo e desejando-o como quem nunca o teve e sempre desejou ter. Mesmo que esse querer tenha ficado inerte durante anos. A descoberta veio agora e, veio intensa e veemente. A cada manhã que lavo meus cabelos, escovo os dentes, passeio pelas ruas, tenho o simples ato de caminhar, é ele que quero! É a ele que quero ao lado, sorrindo e fazendo-me sorrir. Até mesmo com aquelas piadas mais sem graças que fazem graça da desgraça do pintinho que nasceu sem seu “amiguinho”, foi peidar e explodiu. É com ele que quero estar quando uma daquelas crises existenciais vier atraiçoar-me outra vez. É ele que é a minha segurança. Foi ele que aprendi a amar e não aprendi a viver sem. É com ele os meus melhores sonhos e minhas mais doces fantasias. É ele o cronometro da minha esperança e o estopim da minha felicidade. Ele é o meu arco-íris e o meu filme preto e branco preferido. É por ele que não me apaixono, mas, é a ele que amo. São aquelas mãos que desejo e aquele carinho que espero. É aquela voz que me excita, aquele corpo que eu quero. Vem, fica comigo! Faça de teus sonhos os meus. Deixe que tuas vontades saiam de ti com tua mais intensa força. Seja intenso. Seja você. Seja eu. Seja o nosso amor em corpos materializados e quentes, como a chama de uma vela a esperar pela próxima noite...


(Chris)
Quando os sonhos são reais as estrelas parecem descer mais baixo, quase ao alcance das mãozinhas sedentas de cores...

Quando o inimaginável acontece, é o mesmo de estar sentado ao lado dos deuses na nuvem mais cautelosa que não se pode ver, pois é segredo...
Quando o sino vier a tocar, a jovem moça continuará em meio a jasmins, no balanço de sua infância madura...
As bolinhas de sabão sobem rápido nesta aurora. É possível admirá-las atravessando a imensidão.
Os anjos brincam e se divertem ao fim do arco-íris.
Tudo é festa e o som é jazz.
Ela volta doce e não compreende o porquê. Suas flores estão em suas mãos.
Quando a escravidão vier à tona, ela já sabe seu favorito.
Quer: Amor, Tantra, Fogo, Canções, Poesias, Inovações, Liberdade, Silêncio e gritos.
Há vários filmes na estante, os melhores já se foram, mas, ainda há recomendações...
Quando o portal se abrir, irá o corpo. Fica a vontade e o desejo de outro sorriso veemente.
Toda despedida é um reencontro.
Os deuses conversam e gostam da companhia. O tempo passa e não há retrocesso.
- Com suas licenças – pede a jovem moça – voltarei a sonhar minha realidade. Enquanto durmo, fá-los-ei uma súplica: Toquem o som magistral. Quero danças inventadas onde nunca houve euforia. Toda força está em mim; amanhã contar-lhes-ei uma nova história com temperos de magia...

(SOMENTE QUEM OS VIVE, RECONHECE!)

(Chris)
Sei das vontades que há em mim e das verdades esporádicas soltas ao vento. Pouco importa o curso do rio, nos melhores mergulhos estou de vendas. Seus olhos podem observar minhas ações e seus ouvidos conhecer minhas palavras, antes tendo feito novas equações que ficar na superficialidade de fórmulas antigas. Sou a borboleta a visitar novos jardins e a beber, vagarosamente, do néctar oferecido gentilmente. A imagem (distorcida) refletida no espelho; a canção improvisada do artista no anonimato; a poesia sem verso; a lareira em chamas sem combustão; o Amor em prosa... Nenhum me compõe e todos me completam.
Ir-me.

 (Chris)

Marca-passo. Horas cronometradas. Rodovias sem sentido, mas idas e vindas.

Estrada conturbada; carona aceita. Homem desconhecido e amigo querido.
- O que queres? O que faz? (...)
Menina contraditória sem certeza e inúmeros desejos.
Pássaro ao alvo; fruta madura e desejada.
Feridas abertas outras cicatrizadas.
Sangue nas mãos, um acalento. Lenço umedecido e um carinho a mais.
Menos um segundo, um minuto a frente, horas atrás.
O tempo que não volta deixa saudades.
Sonhos idealizados; decepções no fundo da gaveta.
Na caixinha de brinquedos só a marca do tempo. A marca do tempo que passou e, você não esteve.
Quanto mais será necessário para perceberes que o passou não volta mais?
De reflexões nasceram os poetas, filósofos... Mas nunca os “Pais”.
Do AMOR nasceram-se os risos. Do Telejornal, a ausência de ti em mim.
Mais um dia, menos você.
Sapateado, cantigas, aniversários, sonho de verão. Explosão de Inverno.
Passeatas... (...)
Passos surdos do outro lado da cidade. Voz muda; cegueira de um homem bom.
Tralhas a postos, outra viagem.
Sem “Tchau”, sem “Adeus” ouça-se o silêncio...
Amanhã é um ontem.


(Chris)
Sabe aquele ponto de interrogação que faltou depois da pergunta?

Ou aquela conversa que não teve fim e mesmo assim foi acompanhada de um ponto final?
Sabe quando as estrelas parecem brilhar intensamente e quando você dá por si, elas nem estão mais ali?
Eu não sei. Não sei, eu.
Cansei... Cansaço não é a palavra certa. E o certo nunca esteve ao meu lado.
O novo, nunca continua novo por muito tempo. Massacramo-nos em euforia. Euforia de desejar sempre
mais.
O pecado vai além... Além da sofreguidão de chamas altas incinerando corpos.
Eu não quero ter e sinto saudades daquilo que tive e sonhei ter em utopias.
Fantasias nunca farão do meu baile o timbre da meia-noite.


(Chris)

Anny

Menina adornada de sonhos. Olhos petrificados pelos desejos que a acusam e fascinam.

São várias desilusões e uma coleção de coisas sem nome.
Na estante ficam as fotografias de momentos que desejaria existir.
Ela não sabe. Mas mesmo em solidão, há quem a acompanha!
Menina de asas, porque choras tanto?
Teu sorriso é capaz de salvar o mundo. Apareça!
Vê a Lua sob o céu de nuvens claras? Selecione uma estrela nova, coloque suas flores para fora de casa. Sinta o aroma e abrace o universo!

Mesmo em meio a tempestades, existem belezas a serem anexadas.
Atrevesse esse mar. Vá a nado borboleta!
À margem haverá duas vestes: Uma seca e outra molhada.

Ajuste-a ao seu corpo e antes de partir, volte seus olhos para o alto.
A acompanho de perto... Em sobrevôos!


(À minha Flor Querida! Amo-te, menina! Por Chris)
Ah! Meu querido

As palavras bailam em sua boca.
É como os beija-flores
Em círculos
Desajustados.


Eu poderia dar-te as mãos
Novamente
Se tu fostes capaz
De gritar tua liberdade.


Deite-se a noite

E toque teu corpo.
Seu prazer poderá ser real
Ou não, sinta as flores.


Os fantasmas de tua cama
Saíram para um passeio a dois.
Restaram-te as velas
Como companhia.
Se ao menos tu pudesse ver
Como eles estão alegres
Entregaria a mim tua verdade.


(Chris)
Sou fogo... Fogo que fica ao relento na fogueira a esquentar corpos em volta!

Quero o amor... O amor dos bêbados que não sabem o que querem e mesmo assim querem com euforia.
Sou ausência e tenho presença. Vês como brilha meus olhos?
Acenda uma vela, coloque-a ao lado do seu travesseiro e, veja como é a minha dança quente...


Delicia-se no entrelaçar dos corpos que jamais se tocaram...!


(Chris)

Notícias Populares


Corre por ai uma conversa sem pé nem cabeça. Ou talvez tenha pé e cabeça, mas lhe falta o restante do corpo.
Toda água que corre a via é suja. Há quem goste de olhar pela janela a lambança que encarde os pés dos que passeiam em viadutos torpes.
A criança esconde seu sorriso mudo, infeliz. O pai transita facilmente entre um obstáculo e outro e nem sequer percebe que a bicicleta ao qual “carrega” está vazia.
O canto dos pássaros não soa com a mesma amplitude.
O choro da criança não ultrapassa cinco palmos diante da face.
É imundo... Todo o mundo!
A tecnologia não esconde o disfarce, não é disfarce; nunca foi.
A velocidade da via não desvia os trechos. PARE é inadmissível. Dizer “adeus”, outrora.
Um cenário inventado e a criança, agora menina, ganha gestos... Mudos!
A notícia se espalha, corre o mundo, pega carona. Previsão do tempo: Dia ensolarado com pancadas de chuvas em áreas isoladas... Ela entende o enunciado.
09 de novembro de um ano qualquer. Data a marcar o calendário. Dias a finco.
Saudades. Alguém sabe o que significa? Amar, amor, amar: Massinha de modelar em cores sortidas.
É pessoal. Meu e teu. Dela... E somente meu!
Vergonha! A criança não se preparou para este momento e, tem até fotos em exposição. Não, a vergonha não é dela, é tua!
Em todo tempo, só quis amor...
Palavras e palavras e mais uma nota no jornal.
Verdade... Onde estarás? Consegue sentir a brisa do pé de amora que te cerca ou ainda está longe dali? Onde é teu esconderijo senão nos lábios que te contam?
Lágrimas da menina que ainda dorme abraçando o travesseiro. Olhos em volta, nenhum movimento.
Mais uma pausa para o rodapé. Tome nota!


(Chris)
É como ser criança e brincar no balanço pendurado no alto da árvore. É como tocar o tempo e nunca acelerar as horas na ponta do relógio. É resolver equações de física enquanto se odeia a matemática. É observar a lógica da ilógica racional. É permitir-se ser homem quando o menino malandro quer dar um grito dentro de peito e consegue, e toma vazão. É querer e sonhar e acreditar nesse sonho, mesmo que seja um sonho solitário. É ver o mundo (o seu mundo) desmoronando e ainda assim, sorrir para o velhinho do outro lado da praça. É ter um anjo dentro de si que às vezes debate-se com um demônio de luvas brancas. É confessar-se ao padre sabendo que depois de ir embora, ele rirá aos montes. É cantar cantiga de roda sentado numa meia lua de céu estrelado. É não perceber a madrugada indo embora dando lugar a um lindo e caloroso dia por causa de uma conversa desmiolada. É ser simples. É ser fiel. É ser sonho e realidade. É ser amigo e ter um nome. É ser Thiago G-zuz!


(Chris)
É... A vida realmente parece um sonho quando tudo corre bem. E para onde vai o rio? Tente seguir as margens. Caminhe, corra de vez em quando (no mesmo ritmo da vida) e mergulhe algumas vezes, neste mesmo rio de caminho incerto convidativo, quando o suor descer pelo seu rosto ou essa mesma face, aparentar desalento...

 
A beleza só tem beleza quando enche os nossos olhos? Não. A beleza está no feio. No feio do mundo e dos olhos nus. O bonito está no teu mundo. No mundo que há dentro de você. Você vê conforme expele.

 
Pessoas são extraterrestres. Ninguém se entende. Ninguém consegue entender o outro e poucos se disponibilizam a este feito. Mas há quem se torna a exceção da regra e realmente são exceções, por diversos fatores. São pessoas raras, tão raras quanto à ceia de natal.


(À raridade da minha vida: ThiagoGZUZ - por Chris)

Hoje eu me dei uma chance. Chance de pensar no que vale a pena. Naquilo que tenho feito e no que poderia fazer. É complicado como tudo aparece. As pessoas tentam ferir umas as outras sem nenhum motivo plausível ou que se justifique. Alias, há justificativa para fazer o que não é bom? Lá fora, muitas pessoas esbaldam-se em risos e ruídos. Aqui dentro o mundo é pequeno. É como se as paredes da casa quisessem me sugar. Sugar a pouca energia que ainda tenho. Tento levantar-me e onde está o chão? Já fui capaz de definir-me em vários âmbitos. Porque hoje não o faço? Divirto-me tanto com tantos personagens que sou. Quem realmente sou? Onde quero estar? Para onde vou? Oh puta (em relíquia) abandonas esse farvo de mel que me azeda o humor. Quero levantar outro vôo, mas vejo uma asa quebrada, precisando de cuidados. Onde curar-me? Eu sou a cura. A cura de que preciso. Sou os meus desejos e aquele a quem supro. Sou a magia. O mistério do homem verde na companhia do Sarça Ardente. O medo hoje me assusta. Mas lembro-me que o esfaqueei um dia. Onde estão minhas armas? As perdi no caminho da casa. Bom, ainda estão em casa. O processo então é simples: Procurar... Primeiro em baixo da cama. Onde meus companheiros me rodeiam. Ainda vejo uma margarida por lá. O cheiro do café não apetece minha fome. Estou canalizado? Não posso dissipar. Tenho “A Canção da Água da Fonte” para cuidar. Que eu grite “FODA-SE” e o mundo diga “AMÉM”. Que a minha força (eu sei que é minha) retorne aos meus braços. Está tudo muito difícil. Estou sendo traído por minha própria mente. A minha companheira de todas as horas. É uma provação? Não quero passar por ela, não quero. Mas sei que serei Aprovado. Pode demorar um dia, talvez dois. Mas resgato-me. Eu me conheço, tenho um bom coração. Será que por isso me enganei? Acreditar nas pessoas realmente vale a pena? Não, não vale. Ou vale, até então... Até que eu me decepcione outra vez. São todas errantes e confusas. Assim como eu (em poucas horas). Também me concedo o direito de errar. Mas não o direito de continuar errando. Eu quero a minha felicidade e a minha felicidade é a minha paixão. Que vá o mundo e fiquem os meus sonhos. Comerei, vestirei e serei eles em carne, alma e coração. Meu espírito o compõe e da o gás de que preciso. (Realmente preciso agora!). Nenhuma mulher, homem, criança, velho e solitário poderá ser a minha tela. Sou a minha própria arte. Meu próprio diretor. Eu me dirijo. Sei onde piso e por onde vou. O que faz falta? Sou a minha própria calma. Planejo e num segundo estou sorrindo. Não tenho tempo a perder. Literalmente, não tenho nada para perder. Sou uma constante busca e inúmeras realizações. Aprendo e aprendo rápido. Quando caio, não espero que vejam. Sou uma aurora, sempre mais forte a cada dia. Até os céus choram um dia. Não sou imortal, tenho um corpo que pode ser ferido. Mas possuo um templo sagrado e neste, ninguém entra sem o meu convite. Sou uma interrogação e a resposta de tudo que preciso. A vida me deu vários recursos. A vida me deu a possibilidade de viver. Recebi um “Não” hoje. Está certo, eu contava com isso. Mas, com tantas coisas e/ou pessoas já contei também que foram deferidos? Meu Deus! Que se vão embora todos os piolhos de minha cabeça. Eu nunca fui preso. Tenho meus pés no chão. Não sou ilusionista. Tenho visão de águia. Posso ir longe e eu quero ir além. Eu dou aulas, pessoas aprendem comigo e eu aprendo com pessoas. É um ciclo, um curso, um rio... Um avião pousou no meu braço esquerdo... E eu vou além. Agora estou pensando em um troço. Mas acho que vou chamar esse troço de coisa. Não, não, melhor chamar essa coisa de treco. Ou esse treco de troço? Não sei, acho que vou chamar esse troço de trem. É vou chamar de trem. É um trenzinho das 11. É o ultimo do sertão. Quem não pegar essa não vai mais... E o meu chapéu de coco? Alguém viu por ai? Tragam-me mais uma taça. Brindarei a vida e meus amigos (Tenho amigos? Devo ter... um ou dois... ou mais). E o cu continua no meio. O relógio acusa as horas e eu ainda aqui nessa masturbação mental. Não! Eu quero orgasmos plenos. Plenos de amor e poesia. É eu sou romântico. O diabo que tire o seu rabo da frente senão eu piso, estou passeando pelo jardim do amor! Eia! Que venha a canção. A canção e seus licores e o poeta. O poeta de vida que há em mim. Já não sou mais um vulto. Sou matéria, sou fiel e prazer. Pinto e reescrevo. Há quem goste e goze de amor... Tenho sede, me esmago em uvas para em vinho mergulhar... Revitalização!


(Chris)
Não há! Sempre haverá... Em outro tempo houve.

São danças, ritmos descompassados, choro, chuva, sol e luar.
Bailarinas cartomantes passeiam na madrugada.
Donas de cabaré fazem anúncio no jornal.
PROCURA-SE: (Um espaço em branco).
LEIA-SE: “Um não sei o quê de cá e além.”

Os ventos soam levemente e tocam o rosto do homem -

Um jovem e belo homem a observar o natural.
Pedem-se informações ao sigilo,
Ele oferece-lhes o caminho;
Caminho de ida e volta sem estadia.
Constante transformação!

Não haverá. “Liberdade” é o canto.
Ser ou não ser não é mais a questão.
“Tempo é vida.”
E viver não requer definições –
São versos soltos bailando na tempestade
De ser, ter e estar.

Outra vez aquele homem que toca os ventos
Que a todos tocam reaparece.
Intriga, encanta, chama, obtêm - detém.
É a cura. Oração de almas solitárias
E cálice.
Cálice de vinhos quentes em companhia à chama de uma vela - restaura.

Silêncio de vozes mudas e, o anúncio paira fronte à magia.
Pegadas na areia. Há inicio, meio e fim.
Não há estrelas-guias. Há palavras em uma carta em branco
E o rugir do cão cortando a madrugada.
A ponte transmite a caminhada
No compasso que o relógio esquece as horas.

A dança de uma nova canção escrita há séculos
Improvisa.
Faz do belo e jovem homem o ancião de vários anseios.
Castiga, maltrata, acaricia, abraça.
Manancial de vida, fonte desconcertante, contra-indicações;
O belo também pode parecer feio.


Afugentar-se de si mesmo. De medos e limitações.
Tornar-se leve. Amigo do livre arbítrio.
Emanar sensações. Conhecer novos (e todos – possíveis e indiscretos) prazeres.
Beber da água da vida doce e salgada, juntar sabores. Descobrir algo novo.
Conversar com a bonequinha de porcelana (esquecida ao lado da cama) e contar-lhe segredos.
Atribuir, atrair, trocar, crescer, evoluir, tocar as rosas e sentir suas respectivas essências.
- Disse o belo jovem homem, agora ancião, ao indagador em busca de informações.

Bailarinas cartomantes passeiam na madrugada.
Surpreendidas são, fronte a magia que as cercam.
De onde vem? Uma pergunta paira no ar.
Mas a frente, o poeta seja visto.
O vento que te toca, toca a mim também.
Todas sentem. Eis Um não sei o quê de cá e além...


 
(Chris)

Amigo Querido

Além do meu carinho e amizade sincera, neste momento, minhas palavras são as mãos que podem lhe tocar. Idas e vindas levaram-me e trouxeram-me para perto de ti. Por algum tempo dediquei-me a decifrar o que havia por detrás das cortinas neste grande espetáculo que se faz a vida; dedicação em vão. Somente agora descobri que o teu amor jamais se esconderia de mim. Por saber que nada sei ao meu respeito ou do que me espera, deixo-te meu afeto transcrito nestas linhas para que saiba independente do som ou do silêncio das nuvens, que a sua presença em meu jardim das matrizes geram-me os mais sinceros sorrisos e alegria que pude sentir neste corpo que vos fala. Saudades, eis que sempre a terei de ti. Guarde-me, como a rosa branca a marcar páginas de um livro querido...


(Chris para ThiagoGZUZ)
Aos belos campos entregarei o meu amor. Pedirei ao vento para que lhe toque a face com mãos leves e suaves. Darei às flores a beleza que sempre ocultei ter. Aos pássaros que cantam ensinarei a minha canção – de mim para ti. No alto do arco-íris estarão os nossos sonhos; sempre coloridos e cheios de vida. À tua realidade acrescentarei risos sem fim. Aos teus prantos darei solidão. Em meus braços encontrarás carinhos sinceros com perfume de jasmim. Serei para ti o que és para mim. Seremos todas as coisas. Somos o nosso sonho e a nossa realidade. Sejamos EU e VOCÊ até que o tempo diga “AMÉM” em suma eternidade.


(Chris - para ThiagoGZUZ)
Anjo demoníaco de cantos celestes traga-me o sabor de tua doce melodia.

Enfeitiçada estou (serenamente) por suas santas bruxarias.
Enaltecido seja em almas femininas. [Veemência]
Tuas falas poéticas despertam o sono dos invejosos. [Clemência]

A brincadeira das crianças desassossega o namoro dos pássaros.
Face romanesca; olhos que fitam a platéia.
Diálogo da cruz; vozes que cruzam o espetáculo.
És Rei e compartilha Glória!


Delicadas pétalas brancas espelham tua ternura entre faces.
À luz de velas revela-me um sorriso.
Diz-me muito sem dizer-me uma palavra.
Abra-se a porta (a qual nunca esteve fechada)!


Lírios, corpos, danças, sonhos, (en) cantos...
Amante das mulheres, Arcano.
Exalas amor, é amor, é vida!
A natureza do cosmo excita-se em sua presença.

Não há pontes, não vejo fim.
Ouço passos e quero segui-los.

Aonde ir? Incognoscível visão.
Definições... Estragariam o que é.


Que seja: Uma obra por fazer... Em suas (fortes e suaves) mãos!


(Chris)

Hoje eu vou escrever. Vou escrever um poema de rodas. Quero letras que flutuam e dançam na melodia de uma cantiga nova.
Não sei quais dos becos entro, qual atalho seguirei por dentro.
Sei que a lua me guia e as estrelas me dão nota.
Não temerei olhos assombrados em noites tempestuosas.
Beijá-lo-ei no “SI” enquanto o “RÉ” me traz de volta.

Da igrejinha à frente avisto o padre em sua beca.
Ao confessionário não irei, pois sorrio de quem peca.
Sou a santa modernista. Não uso terço e nem rezo ave Maria.
Tenho o grito dos loucos, vestes brancas e a fé de quem me degustaria.
Sete berimbais encostam a boca de sete corpos diferentes.
Do rito acende-se a lareira, do chão surge outra laranjeira quente.
Fruta desajustada ganha o acréscimo do ancião.
Borboletas dançam tango vindo em minha direção.
Quero fazer uma prece, mas não me dedico a tal bobeira.
Antes de tocares o “DÓ” transformar-me-ei em poeira...


(Chris)





Elas (as noites) não me inspiram. Você (cara folha) está em branco!
Devo preenchê-la? Minha voz enaltece.
Quero ser quente. Quente como um vulcão em fúria.
Deixe-me respirá-lo. Quero ter-te.
Faz-me sonhar. Mantenho-me pura.
Teus ares são altos. Eleva-me...
Estou ao chão, rastejante, almejando companhia!
Meus cabelos estão longos, trilhe-os!
A imagem reaparece. Apresente-se.
Voaremos juntos. Reinvente-me!
Não, não pense. Feche os olhos e navegue-me! - sou teu presente, agora - Ao abri-los não existirei mais.
Sou a fumaça que chega sem que perceba;
Que te toca sem permissão;
Que se despede sem palavras.
Aproxime-se, meu silêncio irá falar-te.
Sou tua rosa branca. [Vermelha, em noites quentes!]
Tu não está aqui mas, sinto teu toque.
Envolves-me em teu abraço;
Conheces-me a boca.
Agora, emudeço-me...


(Chris)

Esquinas escuras, laços de menina moça enfeitando desalentos.
Becos sem saídas, sangue no centro da praça do paraíso perdido.
Garotas às traças, putas sebosas com alianças nas mãos.


[Cortes indefinidos]

Menina prenha sem brinquedos a abraçar contemplando a lua cheia.
Sorriso mudo, lágrimas desvirginadas ao chão.
Amigo imaginário, testemunha do meu suicídio ideal.


[Canções]
Seres intocáveis, desejo imaculado imperfeito.
Mar...

Escarnecedores sutilmente religiosos, cálice.
Velas, asas... A menina.
Absinto, viver, morrer.
Crescer, gozar, morrer.
Morrer, voltar, querer.
Terra infinda, pontes e muros.
Pássaro preto a voar em céu tom de cinza.
Mesas, convidados, velas e vinho.

- Um brinde!- Ela conseguiu dissipar-se.
Olhar descerrado, prazeres carnais.
Renascimento.
... Luz, anjos, lágrimas, perdão...
Apenas!

 
(Chris)

Você poderia ter sido felicidade, mas preferiu ser somente tristeza.
Hoje, não quero ouvir a tua voz e nem receber noticias tuas.
Se alguém bater a minha porta com um retrato teu em mãos, passarei o cadeado.
Não quero notar nenhuma sensação que já me causastes.
Nem ter lembranças em que teu nome tenha evidencia.
Mais triste do que você estar lendo essas palavras é você ter plantado isto em mim.
É horripilante, detestável, odiavel, lamentável, triste!
Quero apagar de mim tuas memórias e limpar esse céu de ares tristes.
Porque você fez isso?
Matou-me (e está matando) aos poucos. Há utilidade nisso?
Pelo amor que um dia disse ter por mim, SOME e leve consigo esse gosto amargo que acrescentastes em minha vida.
Tenho apenas 19 anos de idade e uma coleção de decepções com seu nome em capa.
Não me diga suas frases filosóficas (lindas) e cheias de vida.
Você roubou um pedaço de mim, o melhor que eu tinha e jogou ao vento.
Porque me ligas hoje? Hoje é um dia comum, como todos os outros 30 que passaram e você não se manifestou.
Sentiu saudade ou é apenas curiosidade de saber como estou?
MENTIRA! HIPOCRISIA! Não queres saber nada de nada e nem de mim.
Fujo de todos os seus toques, mesmo em sonhos.
Passo por ti e não lhe reconheço. Nego ver em ti um pouco de mim, pois não vejo e não há.
Até as lágrimas me faltam. Como posso saber onde estou e que lugar ocupo?
Antes eu pensava estar no banco do carona, hoje, vejo e noto que nunca me convidastes a sentar ao seu lado ou a fazer-te companhia.
Lembro, como se fosse ontem, o dia em que me convidou a sair de perto de você.
Lembro ainda que usastes como promessas palavras bonitas.
Sua voz era doce e seca. Eu sorria, mas queria muito chorar.
Naquele tarde, ficou claro o seu interesse. Ficou claro para mim o lugar que ocupo em sua vida.
Sou como o vento que vem e que passa. Às vezes você coloca o rosto para fora da janela e tenta ver-me, mas não consegue.
Eu podia te tocar e ir de encontro a você. Hoje, pego rotas diferentes, mudo de calçada, visto uma fantasia. Não quero que me vejas ou ouças.
Um dia eu lhe disse muitas palavras sinceras, como estás que estão aqui, e você não deu importância. Repeti mil vezes a mesma coisa, tentei ser diferente, tudo ilusão.
Chega um dia em que a gente cansa. Não sou mais a atração do seu circo e muito menos serei platéia.
O seu silêncio deixou de ser resposta e transformou-se em ausência. Causou-me feridas profundas, incessantes.
Acostumei a viver sem ti. Não era esse seu objetivo?
Não me diga que não! Se não o fosse, suas atitudes seriam outras.
Evito pisar onde você pisou. Desvio meu olhar de todas as fotografias em que estás.

Como se sente? Você nunca me fez essa pergunta.
Nunca dedicou um dia a mim. Nunca fez aquele aniversário e nem sequer comprou a caixa de uvas pequenininhas no meu pedido.
Eu queria um abraço, daqueles que só você sabe dar. Eu queria um afago, um gesto simples.
Queria sentar no sofá e ver um filme nada romântico enquanto você dormia ao meu lado.
Eu queria um almoço na companhia das três pessoas mais importantes na minha vida.
Não queria seu dinheiro, queria sua companhia, sua presença, sua alegria.
Eu queria ser a sua alegria naquele momento.
Mas fui trocada por um gole de cerveja em uma mesa redonda de um bar imundo na esquina do inferno!
Aquele demônio... Eu ainda o MATO!
Nunca senti o que sinto agora. Não o sei bem dizer como é. Apenas sei que é e existe.
O que te importa? O Sol nasce para todos.
Amanhã tu não me conquistas. Não te darei mais abraços. Não te direi mais palavras!
Quero um espaço no mundo onde eu possa me esconder até de mim, se possível.
Escrevo em demasia e sinto medo pela minha falta de consciência.
Sei que ao me deparar com tal feito, não serei razão.
Acabo com minha vida mas, te liberto!
Jogarei a chave fora. Troquei as fechaduras, comprei outro cadeado, firmei um código de acesso e tu continuas do lado de fora.
Proteja-se do frio, está ventando muito esses dias.

Mas não me diga nada. Não quero saber. Não há defesas a serem feitas.
Álias, esse nunca foi seu forte quando eu fui o assunto.
Sinto saudades de sentir saudades de você. Não é estranho?!
A sua ausência apenas me lembra de que não tenho o que lembrar.
Não posso sentir falta daquilo que nunca tive.



(Chris)

Com teu gosto em memória, hoje sinto saudades.
Retrocedo minha mente àquele momento em que se tornaram vivas as tuas palavras.
Falsas profecias de um caminho incerto não farão o meu amanhã.
Depois da meia-noite tudo torna-se poesia.
O perfume de teu corpo ainda reside em minha pele.
A suavidade de teu canto transmite-me ensinamentos.
Faço história, estou viva.
Por outra vez, novamente, ouço tua voz.
Voz de anjo tornando-me acolhida.
Fui a missão que te entregaram os deuses.
A rosa branca que te ofertei em palavras, continuará em tua porta. Mesmo que um dia, eu não esteja por detrás dela.
A rosa vermelha, entregarei de fato, quando a despedida soar fortemente. Será ela a representar meus desejos provocados por ti.
Tenho o eterno e, isso alivia-me a alma.
Hoje posso voar e ver os vales por onde andei do alto da colina.
[Fostes tu que me colocastes no topo].
Quando viestes me visitar, sabia-te o caminho a seguir?
Fostes (e ainda é) alegria.
Não sei por que escrevo-te mas, a saudade falou alto nesta noite e trouxe consigo sentimentos indefinidos.
Pego um retrato e fito meus olhos nos teus.
É forte, é quente, é penetrante. Sinto-me invadida e não me ponho a questionar.
Através de ti, conheço mais de mim.
Haverá um modo de transmitir-lhe meus agradecimentos?
Toco a vida, sinto a vida, canto vida.
Sei que um dia irei mas, antes disso, fico.
Depois da travessia, a ponte permanecerá no mesmo lugar.
Volte seus olhos faceiros àquele caminho e dê mais alguns passos.
De você não ouvirei "adeus". Guardo-te em essência a passear pelo meu corpo.
Ver-te-ei no nascer do Sol e ao estrear da Lua.
Teu espírito tocará minha alma, mesmo no passar dos anos.
Escrevo como uma apaixonada e, realmente, estou. O medo de idéias tolas deixei na calçada de casa.
[Aquela casa abandonada, empoeirada e de mobílias velhas]
Depois de liberta, olhos abertos e asas soltas, ergui meu castelo e, tu será sempre meu convidado de honra.
Há um "cada" de você nas paredes novas do meu quarto, agora, coloridas.
Minha paixão se estabelece no deslumbramento daquilo que você ajudou-me a resgatar. Falo com docilidade pois descobri um novo sabor.
Quero seguir-te e continuar a ter histórias, prazeres, desejos e travessias.
Cada palavra tua, tenho como mandamento.
Você vive através de sua fala e vive através de seu silêncio.
Hoje eu poderia dar uma festa (e darei em meus sonhos) apenas para celebrar a vida, a semente que está sendo gerada dentro de mim.
Quero oferecer-te um banquete e, saciar (momentaneamente) a sua fome insaciável.
Oferecer-te uma taça de vinho e compartilhar contigo o primeiro gole.
Regozijar de tua companhia e voltar ao mundo mais um pouco.
O mundo de fantasias contraposto ao mundo real.
Quero beijar-te mais (de) uma vez e ter sempre o melhor de ti.
Ser o motivo de um sorriso seu e o escape de seu estresse diário.
Estar dentro de sua casa e ser uma visita bem-vinda.
Conversar com seus bichos e esconder seu cordão dentro da bolsa.
Vasculhar sua biblioteca e selecionar um livro para minha leitura.
Olhar para você e sempre ter em que pensar e dizer.
Em momentos em que escrevo-te, sinto um misto de sensações.
Não sei ao certo se devo chorar por sentir saudades ou por alegria.
Não quero (e não vou) acreditar em vãs filosofias. Desculpe-me, mas levarei meus pensamentos,novamente, ao alto da colina. Onde eu posso tudo e sou tudo (para mim mesma, ao menos).

Firmar minhas expectativas em uma "Profecia" seria o mesmo que retroceder.
(E não vejo nada de interessante nisto agora).
Um imenso portal dourado colocou-se diante de mim quando viestes em minha direção.
Você me apresentou a ele. Selecionou surpresas e criou tantas outras.
Minha imaginação limitada (até então) não pôde entender ou decifrar o que havia por aquele caminho.
O salto que dei dentro de mim.... Registrado!
Tornei-me mais humana, tocável, respirável.
Vejo o tempo passar e isso não me tira mais o sono.
Em minha cama, lembranças de você me fazem companhia.
Recordo-me de uma pergunta feita, em teu quarto. (Esqueça)
A noite lá fora parece fria. Aqui dentro, sinto-me quente.
Volto minha cabeça ao travesseiro, fecho meus olhos e sonho.
Amanhã, espero o toque do telefone...


(Chris)
Hoje não quero rótulos, não quero definições e não quero nada que eu possa tocar. Hoje quero mais e muito mais do que penso em querer ter. Quero voar alto e atingir o inatingível - até mesmo dentro de minhas limitações, aos quais desconheço fielmente. Quero ser quem sempre desejei ser, mesmo não sabendo em quem desejo tornar-me. Quero ser eu na minha insanidade, você na sua razão e eu e você separados. Cada um na sua particularidade. Você se aproxima no meu convite e recua no meu sinal. Não dê nem mais um passo ou ficará ferido. E não pense que terei dó de você ou que ficarei comovida por sua dor. Hoje quero que o mundo se exploda e todos os prazeres caiam sobre mim. Quero ser o ar que a planta respira; a comida que os pássaros comem. Quero ser o balançar do barco na naturalidade da movimentação das águas e o enjoo do velhinho que embarcou nessa viagem. Hoje quero cair feio e arrebentar a cara. Amanhã quero ser eu na minha parte reinventada. Quero conhecer todos os odores e abstrair a parte linda de cada um deles. Quero ser a poetisa de um século insano na sua sensata loucura. Quero ser todos os amores e todos os rompimentos. Quero ser o sorriso na boca de uma criança e o choro do recém-nascido. Quero ser a mãe de todos os filhos que nunca tive e dos filhos que jamais terei. Quero falar palavras chulas sem ter usar o termo técnico para não abalar a audição do cidadão que a ouve. Hoje sou o canto dos pássaros em meio a primavera e a busca do gavião do alto da montanha. Hoje sou meu voo mais lindo e liberto, meu grito de liberdade fascinante. Hoje eu só quero a parte boa do meu amanhã. Ontem pisei em cacos de vidro descalça e isso foi uma delícia. Não se espantem, eles não me feriram a pele. Foi apenas a passagem subterrânea de todos os meus males. Que viagem incrível, que aterrizagem, que companhia... Nada melhor do que eu comigo mesma. Hoje quero tocar o fogo e abraçar as águas. Quero ser as nuvens e o raio que as cortam. Quero levantar poeira e acalmá-la em questão de segundos. Hoje quero ser o mundo, amanhã apenas um vilarejo. Quero ser luz forte e ofuscar todos os (meus) medos. Quero ser o verde e transmitir esperança. Hoje sou veneno e antidoto. Sou ponte e passarela, ferro e chama, música e vela, vinho e licor... Embriague-se e reinvente-me!


Hoje, posso ser o seu sonho mais real...


(Chris)

Prostituta Útopica

Boa noite, senhoria não identificável.

Por onde andastes hoje?
Como estava o seu Jardim?
É... Pela sua feição suponho que suas Rosas estão murchas.
Vejo que está acompanhada. Isto não lhe tráz alegria?
Não consigo interpretar o seu silêncio de hoje.
Diga-me alguma palavra, mesmo que seja vazia.
Que coisa estranha! Nunca vi um anjo com charuto na mão.
Será um fascínio insano de minha loucura? Ou o desejo secreto de minha alma suja?
Quem escreve? Eu ou Você? Não tente misturar as energias, minha cara.
Hoje eu quero um vinho quente em minha errática estrutura no embalo de uma festa a fantasia(sem nome), ao observar o eclipse de uma noite sombria.
Sabe aquele anjo? Continua no mesmo lugar.
Agora, ele tem em mãos uma vela vermelha, apagada.
Ele ordena: - Aproxime-se!
- Não vou! [Eu respondo]
- Vadia! [Ele me insulta]

Posso ver sua face refletida em um espelho de fundo branco.
- Desculpe-me pela postura pouco gentil, flor bela de perfume escasso e vida inútil.
Há uma melodia harmônica embalando o ambiente.
Não posso ser quem eu sou.
Não posso ser você.
Não preciso ser outrem.
Ao caminhar, não pise nas águas.
Há sangue escorrendo pelo chão, desvie-se!
- Ei, esta taça é minha!
(Olhos de quem nada ver.)
Ela não necessita do suco de sua mucosa bucal.

Sonhos vertiginosos visitam meu Jardim na sala escura do meu quarto de folhagens claras.
Inseto voador, junte suas preces e eleve seu santuário porco!
- Ôh anjo, antes de ir embora na carona do cavalo branco, venha até a mim e dai-me prazer!
A prostituta utópica bate à porta.
As luzes (nunca acesas) foram apagadas.
Somos eu e você, cada um na sua particularidade de um todo imensurável.

Não se acanhe e não seja romântico!
Não quero amor e nunca serei santa.
Chame um demônio e faremos uma orgia.

Embaixo da cama, a tristeza se esconde...


 
(Chris)

Improviso


Dia frio, noites frias, pensamentos quentes.
Divindades aos céus, frutas no cesto.
Corpo vazio, alma em transe.
Espaço cedido, caminho seguido.
Perdição em esquinas, tapetes sujos.
Indo e vindo a sensação.
Aqui ou lá? Por qual caminho seguir?
Deixar seguir por onde convir.
Tocar a fala com mãos mudas.
[Úmidas, leves, fortemente agarradas]
Entrelaçar-se voluptuosamente em tua alma.
Ardendo como brasa no coração do carvão.
Ser o desejo de tua virgindade contida.
Para irromper impossivel como teu desejo.
Ser o néctar que te molha;
O suro que escorre por ti.
Conhecer o desconhecido, habitar lugares que jamais visitei.
Esperar por respostas na ânsia de perguntas imaginárias.
Ir do céu ao inferno, bailar na fervura de teu espirito tonitruante.
Dizer "Adeus" sem som de despedida.

(Chris & Marco)

quarta-feira, 7 de abril de 2010

Cálice

Não diga palavras torpes.
Caminhe ao lado e teremos uma noite feliz.
Conte-me tuas verdades inventadas;
Entrega-me teus medos e anseios, desejos loucos que borbulham à pele.
Sacia-te em mim vorazmente, sútil.
Dai-me tuas safadezas e encantos.
Seja o que tu queres... Sobre mim!

CALE-SE!



(Chris)

Convite (ú)M(i)udo

Inesperadamente visitarei a tua cama hoje;
Deixe os travesseiros ao lado.
Destranque a porta e receba-me com um singelo sorriso.
Quero de maneira tal conhecer os poros do teu corpo e virilidade capricorniana.
Queimar-me-ei em tuas chamas de homem ardente e sedução.
Serei Sol e Lua, tempestade e solidão.
Sou o teu veneno e teu antídoto.
Possua-me, consuma-me, inebria-me...

COME ON, BABY!




(Chris)