quinta-feira, 3 de junho de 2010

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Corre por ai uma conversa sem pé nem cabeça. Ou talvez tenha pé e cabeça, mas lhe falta o restante do corpo.
Toda água que corre a via é suja. Há quem goste de olhar pela janela a lambança que encarde os pés dos que passeiam em viadutos torpes.
A criança esconde seu sorriso mudo, infeliz. O pai transita facilmente entre um obstáculo e outro e nem sequer percebe que a bicicleta ao qual “carrega” está vazia.
O canto dos pássaros não soa com a mesma amplitude.
O choro da criança não ultrapassa cinco palmos diante da face.
É imundo... Todo o mundo!
A tecnologia não esconde o disfarce, não é disfarce; nunca foi.
A velocidade da via não desvia os trechos. PARE é inadmissível. Dizer “adeus”, outrora.
Um cenário inventado e a criança, agora menina, ganha gestos... Mudos!
A notícia se espalha, corre o mundo, pega carona. Previsão do tempo: Dia ensolarado com pancadas de chuvas em áreas isoladas... Ela entende o enunciado.
09 de novembro de um ano qualquer. Data a marcar o calendário. Dias a finco.
Saudades. Alguém sabe o que significa? Amar, amor, amar: Massinha de modelar em cores sortidas.
É pessoal. Meu e teu. Dela... E somente meu!
Vergonha! A criança não se preparou para este momento e, tem até fotos em exposição. Não, a vergonha não é dela, é tua!
Em todo tempo, só quis amor...
Palavras e palavras e mais uma nota no jornal.
Verdade... Onde estarás? Consegue sentir a brisa do pé de amora que te cerca ou ainda está longe dali? Onde é teu esconderijo senão nos lábios que te contam?
Lágrimas da menina que ainda dorme abraçando o travesseiro. Olhos em volta, nenhum movimento.
Mais uma pausa para o rodapé. Tome nota!


(Chris)

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