quinta-feira, 3 de junho de 2010

Não há! Sempre haverá... Em outro tempo houve.

São danças, ritmos descompassados, choro, chuva, sol e luar.
Bailarinas cartomantes passeiam na madrugada.
Donas de cabaré fazem anúncio no jornal.
PROCURA-SE: (Um espaço em branco).
LEIA-SE: “Um não sei o quê de cá e além.”

Os ventos soam levemente e tocam o rosto do homem -

Um jovem e belo homem a observar o natural.
Pedem-se informações ao sigilo,
Ele oferece-lhes o caminho;
Caminho de ida e volta sem estadia.
Constante transformação!

Não haverá. “Liberdade” é o canto.
Ser ou não ser não é mais a questão.
“Tempo é vida.”
E viver não requer definições –
São versos soltos bailando na tempestade
De ser, ter e estar.

Outra vez aquele homem que toca os ventos
Que a todos tocam reaparece.
Intriga, encanta, chama, obtêm - detém.
É a cura. Oração de almas solitárias
E cálice.
Cálice de vinhos quentes em companhia à chama de uma vela - restaura.

Silêncio de vozes mudas e, o anúncio paira fronte à magia.
Pegadas na areia. Há inicio, meio e fim.
Não há estrelas-guias. Há palavras em uma carta em branco
E o rugir do cão cortando a madrugada.
A ponte transmite a caminhada
No compasso que o relógio esquece as horas.

A dança de uma nova canção escrita há séculos
Improvisa.
Faz do belo e jovem homem o ancião de vários anseios.
Castiga, maltrata, acaricia, abraça.
Manancial de vida, fonte desconcertante, contra-indicações;
O belo também pode parecer feio.


Afugentar-se de si mesmo. De medos e limitações.
Tornar-se leve. Amigo do livre arbítrio.
Emanar sensações. Conhecer novos (e todos – possíveis e indiscretos) prazeres.
Beber da água da vida doce e salgada, juntar sabores. Descobrir algo novo.
Conversar com a bonequinha de porcelana (esquecida ao lado da cama) e contar-lhe segredos.
Atribuir, atrair, trocar, crescer, evoluir, tocar as rosas e sentir suas respectivas essências.
- Disse o belo jovem homem, agora ancião, ao indagador em busca de informações.

Bailarinas cartomantes passeiam na madrugada.
Surpreendidas são, fronte a magia que as cercam.
De onde vem? Uma pergunta paira no ar.
Mas a frente, o poeta seja visto.
O vento que te toca, toca a mim também.
Todas sentem. Eis Um não sei o quê de cá e além...


 
(Chris)

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