quinta-feira, 3 de junho de 2010


Hoje eu vou escrever. Vou escrever um poema de rodas. Quero letras que flutuam e dançam na melodia de uma cantiga nova.
Não sei quais dos becos entro, qual atalho seguirei por dentro.
Sei que a lua me guia e as estrelas me dão nota.
Não temerei olhos assombrados em noites tempestuosas.
Beijá-lo-ei no “SI” enquanto o “RÉ” me traz de volta.

Da igrejinha à frente avisto o padre em sua beca.
Ao confessionário não irei, pois sorrio de quem peca.
Sou a santa modernista. Não uso terço e nem rezo ave Maria.
Tenho o grito dos loucos, vestes brancas e a fé de quem me degustaria.
Sete berimbais encostam a boca de sete corpos diferentes.
Do rito acende-se a lareira, do chão surge outra laranjeira quente.
Fruta desajustada ganha o acréscimo do ancião.
Borboletas dançam tango vindo em minha direção.
Quero fazer uma prece, mas não me dedico a tal bobeira.
Antes de tocares o “DÓ” transformar-me-ei em poeira...


(Chris)




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